10 Peças que Salvaria de um Incêndio
Definindo meu acervo de moda em um cenário hipotético e caótico
Ah, a maturidade fashion! Que chega sorrateiramente um dia e te faz perceber que investir em uma peça com qualidade impecável, design original e que você vai usar pela vida toda, é tão melhor do que sacolas cheias e constantes de peças de uma temporada só. Não que eu tenha encontrado a cura, de vez em nunca rola um surtinho, ninguém é perfeito.
Enfim, desde que realmente fez sentido para mim, em relação às minhas compras de moda, que menos é mais, venho orgulhosamente colecionando peças mais planejadas e perfeitas para o meu estilo, que sempre que uso trazem aquela mesma satisfação de imagem pessoal bem resolvida. Mas também são peças que, por algum motivo pra mim, são especiais. Seja pelo que representam na história da marca, ou da minha mesmo.
Gosto de chamá-las do meu “acervo”, porque elas vieram pra ficar. Não precisam ser peças caras, mas precisam ter qualidade para durar e autenticidade para valer a pena guardar.
Mas como aqui eu desenhei o cenário (meio apavorante) de selecionar quais 10 peças eu iria “salvar de um incêndio”, aí vão ser mais caras mesmo - afinal, seria mais fácil substituir uma peça mais barata depois de queimar, né?
Difícil mesmo foi chegar em 10 peças. Mas acho que fiz um bom trabalho! Não me canso nunca de usar cada uma delas, e é sobre isso.
Em 2021 eu viajei para Dubai e fui surpreendida (entre muitas coisas, como praias artificiais e maior “moldura” do mundo) com uma loja meio outlet da Balmain no meu hotel (o icônico Atlantis The Palm) que estava toda com promoções absurdas. Estamos falando de uma marca muito cara, até em promoção. Mas naquele cenário, vi como uma oportunidade (que otimista)!
E levei duas peças que nunca me arrependi. Uma foi o Blazer de tweed (peça chave da marca) acima, que mescla branco e azul de forma que me remete ao jeans, ou seja, ótimo para combinar. Ele é tão chic e atemporal! Já usei em produções super diferentes, mas que sempre ficam muito mais elevados com ele e seus botões prateados com emblema da marca. A segunda foi um suéter de tricô preto e branco mega coringa. Com certeza é do acervo, mas que no cenário dessa newsletter, queimou no incêndio.
Ainda sobre outwear e oportunidades, olha eu em mais uma viagem: férias na Itália, se passar por Florença não se esqueça de forma alguma de incluir no roteiro o outlet The Mall. Foi lá que arrematei essa Jaqueta em matelassê (abaixo) clássica da Burberry, em um verde bem herança militar da marca. Tão atemporal que sempre tem uma variação disponível (agora mesmo no site encontrei essa, por exemplo). Inclusive essa bag Burberry da foto deu um match perfeito, mas vai ter que queimar aqui no nosso incêndio. :(
A próxima escolha é de uma marca mais nichada, a francesa Marine Serre, que me fez ficar apaixonada pelo sua icônica estampa de lua e tecidos que vestem como uma segunda pele - como na blusa que escolhi da marca. Após buscas sem sucesso nas minhas viagens (sempre esgotada), recorri a Farfetch. Acho tão simples e especial. Já pensando na legging para combinar.
Para fechar o capítulo “roupas” (sim, tão cedo! Mas tá pegando fogo, não dá pra mostrar salvar tudo), vamos da minha aquisição mais recente. O Jeans Anagrama da Loewe - minha marca desejo da vez. Os logos no joelho, a mistura de streetwear e luxo… Entrei na loja para levar uma bolsa bem planejada (ela aparece abaixo), mas dei um surto de YOLO e provei a calça (essa abaixo sou eu no provador na loja, me apaixonando perdidamente). Aproveitei que estava em Portugal, que já é mais barato, e ainda receberia tax free e usei todas essas desculpas para matar minha vontade fashion. Amo esse jeans.
Para entrar em bolsas, vou contar uma pequena tradição que criei comigo mesma no meu aniversário de 30 anos. Me dei de presente minha primeira bolsa da Chanel (abaixo). E a tradição virou me presentear a cada aniversário, com uma bolsa de luxo que eu amasse muito. Nunca foi tão bom envelhecer!
Brincadeiras à parte, esse momento foi bem significativo pra mim. Nunca havia investido tanto em uma peça de luxo antes (e foi um caminho sem volta, pelo visto). Mas poder fazer aquilo por mim, fruto do meu trabalho, da carreira que sonhei e realizei… me deu tanto orgulho! E também uma bolsa (de novo essas palavras) atemporal e icônica, vermelho statement, e da Chanel.
Nessa tradição já foram 4 bolsas especiais, com certeza merecedoras de serem salvas aqui. Mas sigo na missão dos 10 itens, então escolhi duas bolsas que sou apaixonada pelo design tão original: a Chiquito, bolsa que “lançou” a Jacquemus, e a Mini Jodie, com o nó e couro entrelaçado que são assinatura da Bottega Veneta (que foi a bag dos 32 anos). E também as duas cores mais “ousadas” que já investi em uma bag de luxo (normalmente vou de tons sóbrios, não por não gostar do colorido, mas por achar mais atemporal).
Finalizo bolsas com a Mini Gate - sim, a que me fez ir na Loewe na história do jeans. Achei que o tom de azul seria super fácil de combinar com tudo (e estava certa), além do estilo meio “pochete” na transversal, um dos meus favoritos. Ah, foi a bolsa dos 33 anos (meu último niver, no caso)!
Para fechar nosso sofrido sellect de 10 peças, precisamos salvar uns sapatos! Escolhi dois opostos, que representam tão bem meu estilo: amo uma peça estranha, como a minha gloriosa Tabi ballerina da Margiela, com esses dedinhos separados icônicos e perfeitos. Mas também amo uma peça clássica e girl boss, como o scarpin com stud dourado (lá vem ela de novo) clássico da Valentino! Salvos.
E você, já sabe quais peças salvaria do incêndio hipotético? Me conta nos comentários! E até a próxima quarta. :)
Beijos,
Mafê